TCE

Este paciente sofreu um trauma e observamos que não existem sulcos corticais e que os ventrículos estão apagados. Além disso, não dá pra diferenciar muito bem a substância branca da cinzenta, principalmente no hemisfério esquerdo. É um edema cerebral. Mas o ponto aqui é outro. Reparem que existe uma imagem densa (branquinha) alongada, em formato de crescente (bananoide, como gostamos de chamar informalmente), frontoparietal esquerda, extra-axial, fora do hemisfério cerebral. É um hematoma subdural, que ocorre por rotura de veias corticais. Apesar de pequeno, ele determina efeito de massa, que percebemos pelo leve desvio da linha média para a direita. Reparem que existe um abaulamento nas partes moles parietais à direita, que chamamos de hematoma subgaleal (o bom e velho galo). Interessante aqui que mostra que o mecanismo de contragolpe no TCE existe. Pancada à direita, hematoma à esquerda.

Aqui uma coleção espontaneamente densa, subdural, com espessura maior, promovendo um desvio significativo da linha média, comprimindo o ventrículo lateral do mesmo lado, que nem aparece e comprimindo também o parênquima cerebral. Percebem que a substância cinzenta à direita parece mais espessa do que à direita? Isso acontece porque está havendo uma compressão do córtex dos dois lados do giro cerebral, espremendo a substância branca, que não aparece na TC e dá este aspecto de espessamento cortical.

Um paciente vítima de TCE, com uma imagem extra-axial, mas sem aquele formato de crescente, aqui o formato é biconvexo, lenticular, gordinho, qualquer palavra pra vocês entenderem. Este é o hematoma epidural, que ocorre por rotura de vasos arteriais, então tem o potencial de evoluir com mais velocidade, o que requer atenção. Também, como este tipo de hematoma não se propaga além do limite das suturas cranianas, existe a maior chance de desenvolver uma espessura maior em relação ao hematoma subdural, com efeito de massa mais importante. Aqui um hematoma epidural comprimindo o parênquima cerebral, (olha o córtex falsamente espessado pela compressão) e o ventrículo lateral, deslocando a linha média para o lado oposto.

Mais uma vítima de trauma. A imagem se repete, mas desta vez bem maior, com um efeito de massa acentuado, com herniação subfalcina, compressão ventricular importante e um desvio monstro da linha média. Hematoma epidural parietal à direita.

Este hematoma epidural frontoparietal esquerdo é moderado, tem um efeito de massa conforme o esperado, mas o que é legal aqui é observar mais uma vez o mecanismo de contragolpe. Se olharmos pra região frontal direita, existe uma pequena imagem densa parenquimatosa. É um discreto hematoma cerebral pelo contragolpe.

Aqui uma vítima de trauma com uma lesão densa que tem limites mais indefinidos e irregulares, isto indica que a lesão não está contida por nenhuma membrana ou limite anatômico. São indícios que a lesão é intraparenquimatosa. Um hematoma cerebral traumático. Existe um edema circunjacente e um efeito de massa, comprimindo o ventrículo lateral direito.

Outro TCE com uma lesão hemática parenquimatosa frontal direita, desviando a linha média para a esquerda. O que chama a atenção são imagens alongadas e serpiginosas densas posteriormente no lobo parietal esquerdo. Reparem que elas desenham os sulcos. É uma hemorragia subaracnoide traumática associada.