Artrite Reumatoide

Radiografia das mãos e punhos em um paciente com artrite reumatoide, que mostrando alterações degenerativas representadas por osteopenia justa articular, cistos subcondrais múltiplos, redução dos espaços articulares e esclerose subcondral, esta bem discreta. É nítida a distribuição das lesões, acometendo com maior intensidade as articulações radiocarpais, os carpos, articulações carpo-metacarpianas, bem como as metacarpofalangeanas. A distribuição mais proximal é o que diferencia das alterações da osteoartrose, que costuma comprometer as articulações interfalangeanas distais.

Esta é uma radiografia bastante antiga, revelada manualmente, com produtos químicos, daí a degradação da imagem, que com o tempo pode acontecer. De toda forma ilustra bem o extenso acometimento carpal bilateral e as articulações metacarpofalangeanas e interfalengeanas proximais. O acometimento é mais acentuado à direita, onde se observa deformidade das articulações interfalengeanas proximais, com subluxação ulnar dos dedos (seta), achado clássico na artrite reumatoide.

Aproximadamente metade dos pacientes com artrite reumatoide apresentam alterações na coluna cervical. Aqui, uma radiografia da coluna cervical em flexão mostrando um aumento do espaço atlantoaxial superior a 0,3 cm, caracterizando uma subluxação, típica da artrite reumatoide.

Radiografia de joelho direito em um paciente com artrite reumatoide. Observamos osteopenia difusa, osteofitos no côndilo femoral e platô tibial laterais, bem como redução do espaço articular do compartimento lateral. São alterações que também poderiam estar presentes na osteoartrose, com algumas ressalvas: a primeira é que o acometimento aqui predomina no compartimento lateral, ao contrário da osteoartrose. E a segunda é que não se observa esclerose óssea subcondral, tão comum na osteoartrose e ausente aqui, inclusive os próprios osteofitos são bem pouco densos.

Como toda colagenose que se preze, a artrite reumatoide compromete os pulmões e faz isso da mesma forma que suas primas: uma lesão intersticial reticular predominando nos lobos inferiores, extremamente inespecífico, ocorrendo inclusive em doenças fora do grupo das colagenoses.

Aqui uma tomografia computadorizada do tórax, mostrando o acometimento pulmonar pela artrite reumatoide de modo mais claro. Observam-se opacidades em vidro fosco subpleurais difusas, associadas a espessamento irregular do interstício periférico, com desorganização da arquitetura do lóbulo pulmonar secundário e formação de bronquiolectasias de tração, predominando nas regiões posteriores dos lobos inferiores. As setas vermelhas mostram no corte axial um lóbulo retangular e não quadrado, como habitualmente, enquanto que no coronal, mostra um lóbulo triangular e não quadrado, que é o normal. Isto porque pelo processo crônico, houve uma redução do seu tamanho e distorção da arquitetura. Já as setas azuis mostram septos com trajetos oblíquos e não perpendiculares à pleural. Novamente, pelo processo crônico, houve retração destes septos, que são espessos e irregulares. Já as seta verdes mostram pequenas imagens hipoatenuantes alongada no corte axial e arredondada no coronal, com densidade gasosa, que correspondem a bronquíolos dilatados (bronquiolectasias de tração) pelo processo fibrótico crônico que a artrite reumatoide causou no pulmão.

Aqui uma tomografia computadorizada do tórax, mostrando o acometimento pulmonar pela artrite reumatoide de modo mais claro. Observam-se opacidades em vidro fosco subpleurais difusas, associadas a espessamento irregular do interstício periférico, com desorganização da arquitetura do lóbulo pulmonar secundário e formação de bronquiolectasias de tração, predominando nas regiões posteriores dos lobos inferiores. As setas vermelhas mostram no corte axial um lóbulo retangular e não quadrado, como habitualmente, enquanto que no coronal, mostra um lóbulo triangular e não quadrado, que é o normal. Isto porque pelo processo crônico, houve uma redução do seu tamanho e distorção da arquitetura. Já as setas azuis mostram septos com trajetos oblíquos e não perpendiculares à pleural. Novamente, pelo processo crônico, houve retração destes septos, que são espessos e irregulares. Já as seta verdes mostram pequenas imagens hipoatenuantes alongada no corte axial e arredondada no coronal, com densidade gasosa, que correspondem a bronquíolos dilatados (bronquiolectasias de tração) pelo processo fibrótico crônico que a artrite reumatoide causou no pulmão.