Anemia Falciforme
A anemia falciforme é a única anemia hemolítica que pode cursar com o baço reduzido de volume e mais que isso: calcificado. Isso porque como várias manifestações da doença, o acometimento esplênico se manifesta radiologicamente pelos infartos parenquimatosos em virtude da morfologia anormal das hemácias. Temos aqui um paciente jovem com o baço pequeno e calcificado, a chamada autoesplenectomia.
Outro paciente jovem, também com anemia falciforme, porém este com esplenomegalia, observando-se imagens hipoatenuantes na periferia do baço, compatíveis com infartos parenquimatosos.
Outro caso de anemia falciforme onde a morfologia das hemácias ataca de novo. Os platôs vertebrais superiores e inferiores sofrem infartos ósseos e promovem colapsos parciais nas regiões centrais, deixando a vértebra com esse aspecto de “H”.
Aqui o acometimento de vértebras lombares não tão típico, mas demonstrando um colapso das porções centrais dos platôs vertebrais.
Paciente jovem, com 15 anos, portador de anemia falciforme, tem esta tomografia que mostra cálculos biliares. A presença de colelitíase em pacientes com anemia falciforme é explicada pela hemólise e o aumento dos níveis de bilirrubina, o que favorece a formação de cálculos.
Paciente com anemia falciforme, apresentando uma deformidade da cabeça femoral, com esclerose subcondral acentuada no fêmur e acetábulo, bem como redução do espaço articular associada. Os achados são de uma osteonecrose, secundária à anemia falciforme.
O acometimento ósseo também pode ocorrer nos joelhos e temos aqui áreas heterogêneas de esclerose óssea nos fêmures e tíbias, relacionadas a infartos ósseos.
Como outras formas de anemia (esferocitose, por exemplo), a anemia falciforme pode ter áreas de hematopoiese extramedular, das quais as manifestações paravertebrais são as mais interessantes, por se apresentarem como lesões nodulares, que abre um leque extenso de diagnóstico diferencial.
