Diabetes

Se a gente for pensar bem, o principal problema do diabetes mellitus é o comprometimento dos pequenos vasos, onde quer que seja, mas obviamente as calcificações coronarianas e cerebrais são as mais preocupantes. Temos aqui uma ressonância magnética na sequência Flair de um paciente diabético de 56 anos, mostrando imagens hiperintensas (branquinhas) periventriculares e na substância branca profunda supratentorial, que correspondem a sequelas de diminutas isquemias que o paciente teve ao longo da vida. Estas lesões são frequentes em pacientes hipertensos e de mais idade, mas não na faixa etária do nosso paciente e muito provavelmente estão pela condição de diabético do paciente.

Se a gente for pensar bem, o principal problema do diabetes mellitus é o comprometimento dos pequenos vasos, onde quer que seja, mas obviamente as calcificações coronarianas e cerebrais são as mais preocupantes. Temos aqui uma ressonância magnética na sequência Flair de um paciente diabético de 56 anos, mostrando imagens hiperintensas (branquinhas) periventriculares e na substância branca profunda supratentorial, que correspondem a sequelas de diminutas isquemias que o paciente teve ao longo da vida. Estas lesões são frequentes em pacientes hipertensos e de mais idade, mas não na faixa etária do nosso paciente e muito provavelmente estão pela condição de diabético do paciente.

Outro paciente diabético na faixa dos 50 a 60 anos, uma tomografia computadorizada de tórax mostrando calcificações na artéria coronária descendente anterior. Não é tão frequente observarmos calcificações tão extensas assim em um paciente nessa faixa etária, portanto sim, devemos considerar o diabetes como provável fator que determinou o desenvolvimento destas calcificações.

Aqui um paciente diabético mais idoso, na faixa de 68 anos, tem esta radiografia do pé que mostra uma osteopenia difusa, mas chama a atenção uma extensa ateromatose calcificada nas artérias do pé, especialmente entre o primeiro e o segundo metatarsianos. Se olharmos bem, veremos calcificações mais tênues entre os demais metatarsianos também.

Outro paciente diabético que já precisou amputar o pé por complicações do diabetes. Aqui vemos a radiografia de controle do tornozelo, que mostra as calcificações ateromatosas na artéria tibial posterior.

Outro paciente diabético, em destaque calcificações tubulares na região inguinal, mas que não são vasculares. Estes são os ductos deferentes calcificados, um achado de certa forma clássico em diabéticos, não necessariamente frequente, até porque só ocorre em homens.

O pênis é um dos locais que pode conter flebolitos, sem que eles representem algo patológico. Os outros locais são a pelve (mais frequente), baço e a panturrilha. Aqui vemos calcificações, porém elas estão acompanhando o trajeto dos seios cavernosos, por onde passam as artérias cavernosas e elas estão calcificadas por conta do diabetes.

Como já foi dito, o diabetes compromete os pequenos vasos, Aqui vemos ramos distais pélvicos posteriores calcificados. Posso garantir que existia uma desproporção entre as calcificações ateromatosas aortoilíacas, que são vasos mais calibrosos, o que comprova a predileção do DM por vasos de menor calibre.

Este é um caso interessante de um paciente diabético, que desenvolveu uma nefropatia e fez um transplante renal, com o enxerto na fossa ilíaca direita. Acontece que no exame de controle a gente já observa calcificações vasculares no próprio enxerto renal (que já tem alguns anos, é bem verdade). Outro ponto a reparar é a extensão da ateromatose de vasos que até costumam ser acometidos por arteriosclerose, mas não tanto assim. São vasos menores, ramos da mesentérica superior, as artérias hepática comum, esplênica, o que dá uma noção de como o diabetes compromete a circulação. Prá terminar este caso, reparem lá em cima (seta azul) a gente vê cálculos na vesícula biliar, que embora não possamos atribuir ao DM, podemos lembrar que existe relação entre colelitíase e diabetes, inclusive complicações de colecistite extremamente mais incidentes em diabéticos (colecistite enfisematosa).

Esta é uma paciente que chegou ao hospital em cetoacidose diabética, em estado crítico, que realizou esta TC, sendo que entrou em coma pouco tempo depois. Vemos aqui gás intra-hepático. Aerobilia? Não, a aerobilia começa em ductos centrais, seja por uma fístula ou por uma anastomose bilidogestiva, então vai ser mais calibroso. O que vemos aqui é gás na periferia hepática. Este gás está nos ramos do sistema porta, chama aeroportia e é uma condição extremamente grave. Nos demais cortes do abdome existiam sinais de isquemia mesentérica com pneumatose intestinal e gás em ramos venosos mesentéricos associados.