Outras Colagenoses

Paciente do sexo feminino com extensas calcificações irregulares e distróficas, algumas mais alongadas, caracterizando o acometimento de fibras musculares, difusamente distribuídas nas partes moles da bacia e coxas, com predomínio à direita, algumas superficiais (cutâneas/subcutâneas) e outras mais profundas (musculares).

Neste caso temos uma paciente com dor nos membros inferiores e na perna direita observamos calcificações cutâneas/subcutâneas predominantemente nas regiões posteriores da coxa e perna, havendo também algumas na face anterior do 1/3 médio da perna. Porém, existem também algumas calcificações distróficas mais profundas tanto na coxa como na perna posteriormente, estas de localização muscular. São as alterações típicas da dermatomiosite.

Aqui uma tomografia computadorizada que mostra várias calcificações subcutâneas principalmente na região lombar, mas também algumas calcificações musculares na parede anterior do abdome. Existe um certo borramento subcutâneo esparso, inflamatório ou residual, afinal de contas é uma doença inflamatória crônica, com períodos de remissão e recidiva, então é possível encontrarmos este achado.

Esta é uma paciente com dermatomiosite, com acometimento de membros inferiores que apresenta um achado raro da doença que é o derrame pericárdico, neste exemplo de moderado volume (para aqueles que não estão acostumados com as imagens, tem umas setinhas para ajudar).

Esta radiografia na verdade não tem muita qualidade técnica porque é só a imagem que serve de base para localizar os cortes tomográficos, mas mostra calcificações cutâneas/subcutâneas na bacia, então colocamos aqui para ilustrar.

Aqui ilustrando bem as calcificações subcutâneas que se formam na dermatomiosite, com borramento inflamatório ou residual do subcutâneo tanto nas regiões onde há calcificações como naquelas onde não existem as calcificações.

A esclerodermia, assim como outras colagenoses, tem a capacidade de envolver os pulmões e este envolvimento se dá por uma doença intersticial, em geral uma pneumonia intersticial não específica ou pneumonia intersticial usual. Aqui nesta tomografia, vemos opacidades em vidro fosco subpleurais no LM e de modo mais acentuado nas regiões posteriores dos lobos inferiores, com bronquiolectasias de tração associadas, principalmente à direita, com padrão de pneumonia intersticial não específica.

Paciente com esclerodermia, apresentando episódios de dispneia, realizou esta tomografia computadorizada, que evidencia opacidades em vidro fosco nas bases pulmonares, caracterizando o acometimento pulmonar pela doença de base.

O acometimento gastrointestinal é extremamente frequente na esclerodermia, e o principal órgão afetado é o esôfago, ocorrendo dilatação e dismotilidade, em virtude de acometimento da musculatura lisa por fibrose e atrofia. Não existe obstrução, é bom que se diga.

O acometimento gastrointestinal é extremamente frequente na esclerodermia, e o principal órgão afetado é o esôfago, ocorrendo dilatação e dismotilidade, em virtude de acometimento da musculatura lisa por fibrose e atrofia. Não existe obstrução, é bom que se diga.

Opacidades em vidro fosco em um paciente com esclerodermia, indicando o acometimento dos pulmões pela doença, ainda que discreto.

Radiografia das mãos mostrando o envolvimento osteoarticular pela esclerodermia. Aqui vemos uma osteopenia das falanges distais do 2º e 5º quirodáctilos direitos, bem como das falanges intermédias e distais do 2º ao 5º quirodáctilos esquerdos. Também se percebe uma acrosteólise das falanges distais do 3º dedo direito e do 2º à esquerda.

Outro paciente com esclerodermia e acometimento do esôfago inferior, que se encontra distendido, formando um nível hidroaéreo, sem sinais de obstrução.

Tomografia computadorizada do tórax mostrando opacidades em vidro fosco difusas nos lobos inferiores, sem fibrose estabelecida. O aspecto é indeterminado, mas no caso mostrado, o paciente tem esclerodermia e este padrão tomográfico é rotineiramente encontrado em pacientes com esta doença.

Este paciente também tem acometimento pulmonar pela esclerodermia, com um padrão de uma doença intersticial fibrosante, extremamente comum, com espessamento irregular do interstício periférico, determinando desorganização da arquitetura do lóbulo pulmonar secundário e formação de algumas bronquiolectasias de tração.

Paciente com esclerodermia e queixas de disfagia, realizou muito tempo atrás esta radiografia contrastada do esôfago, que está dilatado, com resíduos alimentares luminais.

Paciente com espondilite anquilosante cuja radiografia mostra achados típicos e clássicos. Observamos uma imagem linear densa projetada no centro das vértebras que correspondem a uma calcificação do ligamento interespinhoso. Também são observados sindesmófitos, estas espécies de pontes lateralmente aos corpos vertebrais, que dão à coluna o chamado aspecto de “coluna em bambu”. Por fim, se observarmos os detalhes, as sacroilíacas borradas, com perda do espaço articular.

Aqui vemos várias alterações típicas da espondilite anquilosante. Primeiro a sacroileíte simétrica e bilateral, caracterizada por borramento e redução do espaço articular. Também existem alterações degenerativas coxofemorais acentuadas, com redução dos espaços articulares, protrusão acetabular para a cavidade pélvica (seta preta) e osteofitose acetabular e femoral, com extensão à transição do colo e cabeça femorais (seta verde).

Paciente com espondilite anquilosante e um achado extremamente frequente na coluna: a retificação do bordo anterior das vértebras dando uma morfologia quadrada do corpo vertebral (lembrem que anatomicamente o bordo anterior da vértebra é côncavo).

Reconstrução sagital de uma tomografia da coluna torácica de um paciente com espondilite anquilosante que mostra a razão do nome da doença. Existe uma extensa calcificação do ligamento longitudinal anterior (setas) com acentuação da cifose torácica. Podemos imaginar a rigidez do paciente, já que não é uma posição muito anatômica.